F1: De la Rosa elogia Alonso e fala sobre renovação de contrato do espanhol

Pedro de la Rosa, ex-piloto e atual embaixador da Aston Martin, afirmou que sentia a vontade de Fernando Alonso em continuar na Fórmula 1, ‘já na metade do ano passado’, mesmo com a queda de rendimento enfrentada pela equipe na época.

Quando Alonso trocou a Alpine pela Aston Martin no final de 2022, com um contrato de dois anos, a suposição era de que o bicampeão de F1 estaria se aproximando do final de sua carreira.

Inicialmente, a equipe se destacou no início da temporada passada devido às novas regras aerodinâmicas. Alonso conquistou seis pódios nas primeiras oito corridas, mas o desempenho do carro caiu com o desenvolvimento equivocado das atualizações.

Para a temporada 2024, havia bastante especulação sobre o futuro de Alonso e se ele continuaria além deste ano. O piloto de 42 anos afirmou que precisava de tempo para tomar uma decisão, mas que não deixaria a equipe esperando.

Surpreendendo a todos, Alonso assinou um novo contrato de dois anos, válido até o final de 2026, o que o levará a ultrapassar os 45 anos, ainda correndo na F1.

“O fato de ele querer continuar com esta equipe, não por um ano, mas por dois anos, é simplesmente incrível”, disse De la Rosa em entrevista ao RacingNews365.

“Quando Fernando chegou aqui no ano passado, eu sinceramente, ele nunca disse, mas eu senti que esse seria o último ano, me referindo a 2024. No entanto, na metade do ano passado, mesmo durante os tempos difíceis que enfrentamos, você podia sentir que ele queria continuar, e esse é mais um exemplo de motivação, mas também prova de como ele estava feliz na equipe”, acrescentou.

Alonso se manteve fiel à sua palavra. Quando foi anunciado que Lewis Hamilton deixaria a Mercedes para se juntar à Ferrari no próximo ano, após acionar uma cláusula de rescisão em um contrato renovado que ele havia assinado apenas no meio do ano passado, isso agitou o mercado de pilotos.

Naturalmente, Alonso foi então ligado a potenciais transferências para a Mercedes e Red Bull, antes de optar por permanecer leal à Aston Martin.

“Eu podia sentir que ele queria continuar. Isso não significa que ele disse que queria continuar, foi um sentimento pessoal, porque ele estava se divertindo. No entanto, ele sempre foi muito honesto com a equipe ao dizer que tomaria uma decisão até abril. O mercado de pilotos mudou nesse tempo, mas ele manteve sua palavra. Para ele, não importava se havia outra equipe com vagas em potencial disponíveis. Ele disse à equipe: ‘Esperem, vou tomar uma decisão quando estiver pronto’. Acho que isso apenas prova o quão forte ele é”, finalizou De la Rosa.