F1: Conceito do W15 da Mercedes “custou um grande investimento”

Revisar todo o carro da Mercedes para a temporada 2024 da F1 foi um trabalho que exigiu dedicação da equipe. James Allison, diretor-técnico do time, reconheceu que as mudanças na caixa de câmbio e chassi tomou um grande investimento.

O principal objetivo do time de Brackley é conseguir retomar sua época de vitórias e domínio na categoria. Após a atualização do regulamento, a Red Bull tomou o espaço da ponta do pelotão, enquanto a esquadra alemã conseguiu apenas uma vitória nos dois últimos campeonatos.

Em 2023, mesmo sem subir ao degrau mais alto do pódio, ainda conseguiu terminar o Mundial de Construtores com o vice-campeonato, 451 pontos atrás da adversária austríaca.

Então, para o W15, a Mercedes decidiu trazer um conceito novo ao carro, algo que Allison explicou no lançamento. “O design de qualquer carro é um processo iterativo. E longo. Isso remonta ao ano passado. Um carro novo permite à equipe fazer alterações maiores que não são possíveis durante o ano. Estas são decisões tomadas durante o verão anterior”, explicou.

“Mas a abordagem principal permanece inalterada de ano para ano, e é tentar lidar com as coisas que você identificou como pontos fracos em seu carro atual. Essas fraquezas são reveladas de forma mais nítida quando a competição começa. Mas já no início do ano você tem uma ideia razoavelmente boa de qual pode ser o tendão de Aquiles de um carro”, seguiu.

“A partir daí, trata-se de equilibrar o trabalho para melhorar este ponto e desenvolver o que funcionou bem. Você olha para os recursos disponíveis em diversos departamentos e faz com que eles concentrem suas atenções na solução dos problemas. Com o passar do tempo, você pode começar a tirar cada vez mais pessoas do carro atual e desviar seus esforços para o próximo”, completou.

O diretor-técnico também explicou que começar do zero com uma caixa de câmbio e um chassi fez com que a Mercedes precisasse poupar em outras áreas por conta do teto de gastos. “Um novo chassi e uma caixa de câmbio eram padrão para todos os anos, antes do limite de custo. E haverá várias outras equipes que fizeram as duas coisas em um único ano”, pontuou.

“Mas o limite de gastos força você a escolher suas batalhas, e não há dúvida de que ter uma nova carcaça externa e, ao mesmo tempo, ter um novo chassi são dois grandes projetos que vão ocupar uma parte do nosso poder de fogo disponível. Foi isso que fizemos este ano”, seguiu.

“Isso significa que em outras partes do carro não tentamos reinventar a roda. Mas permitiu-nos realizar alguns grandes projetos sem gastar muito e acreditamos que esta é uma boa e importante utilização dos nossos esforços”, concluiu.