Após um período de incertezas, a Red Bull finalmente se posicionou publicamente sobre o futuro de Christian Horner. O CEO da marca austríaca de bebidas energéticas, Oliver Mintzlaff, declarou sua confiança na liderança de Horner à frente da equipe de Fórmula 1.
Horner ocupa o cargo desde a criação da equipe Red Bull na F1, em 2005. No entanto, boatos sobre sua permanência surgiram no início deste ano devido a uma investigação interna de uma acusação de ‘conduta inadequada’ feita por uma funionária do time. Apesar de ser inocentado em uma investigação realizada pela própria equipe, especulações de uma disputa interna continuaram.
Havias rumores de que os donos tailandeses apoiavam Horner, enquanto o setor austríaco da Red Bull preferia sua saída. Mintzlaff, que chegou a se reunir com o consultor Helmut Marko em vez de Horner na Arábia Saudita, finalmente se manifestou.
Em entrevista ao jornal alemão Bild Am Sonntag, o dirigente de 48 anos deixou claro seu desejo de manter Horner no cargo. “Estou convencido disso”, afirmou Mintzlaff. “Ele só pensa no sucesso da equipe e é um excelente chefe.”
A recente notícia da saída do diretor técnico Adrian Newey em 2025, reacendeu as suspeitas de tensões na Red Bull. No entanto, assim como Horner e Max Verstappen, Mintzlaff acredita que a estrutura técnica existente continuará competitiva. “Adrian fez um ótimo trabalho aqui ao longo dos anos e foi fundamental para a conquista de treze títulos na F1”, reconheceu. “É claro que é uma pena que ele esteja saindo, mas conversamos a respeito de forma justa e respeitosa.”
“O legado que ele deixa não é apenas único, mas também uma estrutura que ele ajudou a construir. Claro que sentiremos sua falta, mas continuaremos sabendo como construir um carro de Fórmula 1 muito rápido”, acrescentou.
A saída de Newey significa que a Red Bull não poderá contar com suas ideias para o novo regulamento técnico que entrará em vigor em 2026. Apesar de admitir que a criação de um motor próprio é uma grande tarefa, Mintzlaff confia na capacidade da equipe.
“Em 2026, queremos continuar onde estamos: no topo da Fórmula 1”, disse ele. “Obviamente, não há garantias, mas provamos que podemos lidar com grandes mudanças de regras, enquanto outras equipes não conseguiram nos alcançar por três anos. Max também deve ter percebido isso, e me deixa totalmente otimista para o futuro. Não começamos a nos preparar para 2026 ontem.”
“Com certeza, construir nosso próprio motor é um grande desafio, mas estamos confiantes de que podemos fazer isso. É o próximo passo no desenvolvimento da Red Bull”, finalizou o dirigente.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com os jornalistas Victor D. Berto e Rodrigo França.