F1: Alguns chefes de equipe defendem efeito solo na categoria

O chefe da equipe Williams, James Vowles, defendeu o regulamento atual da Fórmula 1 com carros de efeito solo, mesmo que os pilotos estejam encontrando cada vez mais dificuldade para seguir uns aos outros.

Introduzidas em 2022, essas regras buscavam facilitar a pilotagem no ‘ar sujo’, zona turbulenta atrás de outro carro, possibilitando mais ultrapassagens. Inicialmente, o objetivo parecia alcançado, mas três anos de desenvolvimento e atualizações trouxeram de volta as reclamações dos pilotos. A próxima grande mudança no regulamento da F1 está prevista para 2026, com foco novamente em reduzir o ‘ar sujo’ e melhorar as disputas.

Recentemente, o diretor técnico da Mercedes, James Allison, chegou a afirmar que a tentativa da F1 de controlar esse ‘ar sujo’ por meio de mudanças nas regras, havia sido testada mas não chegou ao resultado esperado.

No entanto, o chefe da Williams discorda do colega. “Não acho que o regulamento tenha falhado”, disse Vowles. “Acho que seria injusto dizer isso. A competição no pelotão intermediário está bem acirrada e muitas ultrapassagens acontecem.”

“Mesmo pelos dados que vemos agora, a situação ainda está melhor do que em 2020 e 2021. Mas principalmente os times da frente desenvolveram o carro de uma maneira extraordinária. À medida que se ganha carga aerodinâmica, fica mais difícil seguir. Ainda assim, acredito que de acordo com todas as métricas e dados, os carros estão mais próximos do que antes. Essa era a intenção por trás da mudança”, acrescentou.

Vowles acredita que não haverá muita diferença em 2025, e que as regras de 2026 ainda estão em processo de definição. O chefe da Aston Martin, Mike Krack, concorda com a visão da Williams.

“Não acho que o regulamento tenha falhado. Pelo contrário, ele permitiu projetos variados desde o início. Sim, houve domínio de uma equipe, o que ninguém quer, mas isso é um fato. No geral, acho que temos mais um ano com o regulamento atual, depois, receberemos as novas regras de braços abertos. Como James disse, elas ainda não estão 100% definidas. Mas é importante tê-las o quanto antes, pois é uma grande mudança para todos”, finalizou Krack.