F1: Albon diz que adrenalina ajudou Sainz a vencer em Melbourne

O piloto da Williams, Alex Albon, acredita que a adrenalina foi um fator crucial na vitória de Carlos Sainz da Ferrari, no GP da Austrália de Fórmula 1.

Sainz conquistou a terceira vitória de sua carreira na F1 ao cruzar a linha de chegada em primeiro em Melbourne, se aproveitando do abandono de Max Verstappen logo na quinta volta devido a problemas no freio traseiro direito da Red Bull.

O espanhol liderou uma dobradinha da Ferrari apenas 16 dias após uma cirurgia para remover o apêndice. Albon, que também passou por uma apendicectomia em 2022, classificou o desempenho de Sainz como ‘muito impressionante’, confirmando que esteve em bastante comunicação com o piloto espanhol nas duas semanas entre as provas da Arábia Saudita e da Austrália.

“Eu estava na garagem dele na quinta-feira tentando dar algumas dicas sobre como deixar o banco mais confortável”, disse Albon. “Foi um grande esforço. As pessoas também esquecem que você não apenas passou por uma cirurgia, mas também ficou cerca de duas semanas sem treinar, então geralmente seu condicionamento físico fica prejudicado. Não é fácil.”

A cirurgia de apêndice de Albon, que o tirou do GP da Itália de 2022, foi complicada por uma insuficiência respiratória sofrida pelo tailandês-britânico após o procedimento. Ao contrário de Sainz, Albon teve pelo menos uma semana a mais de recuperação entre as corridas antes de fazer um retorno na etapa seguinte em Singapura.

No entanto, a sensação ao retornar à pilotagem foi a mesma para ambos os pilotos, e o que no fim das contas ajudou os dois a fazerem um retorno muito mais rápido do que o esperado foi a adrenalina.

“A adrenalina é uma coisa linda, ela esconde muita coisa”, acrescentou Albon. “Posso te dizer com certeza que ele não estava confortável no carro. As primeiras voltas são estranhas, você sente essa inércia e seu estômago fica bem estranho. Você sente tudo se mexendo por dentro e não é nada agradável. Não sei se o corpo humano foi projetado para cinco ou seis G. Algo estranho acontece lá dentro, mas Carlos fez um ótimo trabalho”, finalizou Albon.