F1: “Abandono duplo é brutal”, afirmou Wolff

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que o duplo abandono no GP da Austrália de Fórmula 1 foi uma experiência ‘brutal’ para a equipe.

A Mercedes vem tendo um começo de temporada desanimador, e o resultado em Melbourne representa o pior início da equipe desde 2012.

Lewis Hamilton estava recuperando posições após largar em 11º quando seu motor falhou e ele foi obrigado a abandonar, enquanto George Russell bateu fortena última volta tentando ultrapassar Fernando Alonso.

Com isso, a Mercedes ficou na quarta colocação do campeonato de construtores com apenas 26 pontos, bem atrás da Ferrari que conquistou 44 pontos com a dobradinha em Melbourne.

“É difícil de aceitar. Muito difícil”, disse Wolff. “E eu estaria mentindo se dissesse que me sinto positivo ou otimista com a situação, mas é preciso superar os pensamentos negativos e dizer que vamos reverter isso. Só que hoje foi muito, muito, muito brutal.”

Wolff também comentou sobre a inconsistência do W15 ao longo dos finais de semana de corrida, corroborando as reclamações de Hamilton.

Questionado sobre a diferença para a Ferrari, Wolff disse: “Estava 40 segundos atrás quando verifiquei. Ou talvez fosse Lando (Norris da Mclaren)? De qualquer forma, 40 segundos atrás do Norris! Mas é melhor do que 80, né?”

“Teve momentos na corrida em que faltou ritmo, mas em outros, como no final, quando comparávamos tempos, estávamos bem. Ainda não estamos onde queremos, mas na segunda passagem, não conseguimos chegar perto de Alonso nos pneus médios. E os tempos de volta pareciam estar um segundo atrás da McLaren. De repente, na última tentativa, sem muita preocupação, os tempos foram competitivos. Não é uma ciência exata, mas foi muito melhor”, acrescentou.

Apesar do momento difícil, Wolff reiterou a fé da Mercedes no potencial do carro, acreditando que o W15 pode ser uma evolução significativa em relação aos modelos anteriores. O dirigente austríaco citou a reviravolta de Ferrari e McLaren em comparação com o ano passado, como prova de que a Mercedes pode se recuperar.

“Obviamente, por um lado, eu queria me socar, mas por outro lado, também é um testemunho. É um testemunho de que quando você acerta as coisas, pode virar o jogo rapidamente. Só precisamos continuar acreditando. Mas no momento, é um momento muito difícil”, completou Wolff.