A contagem regressiva para a chegada da F1 no Brsil já começou há algum tempo. A menos de um mês para o GP de São Paulo, as expectativas para a corrida em Interlagos são grandes, especialmente para aqueles que irão acompanhar de perto pela primeira vez.
A principal categoria do automobilismo mundial não fez a já tradicional parada pelo país em 2020. O motivo foi a pandemia do coronavírus, que acabou obrigando a organização a cancelar todas as corridas realizadas no continente americano – México e Estados Unidos também ficaram de fora.
Mas chegou a temporada 2021 e com ela o retorno do autódromo paulistano ao calendário. Apesar da incerteza em um primeiro momento, o público foi confirmado para acompanhar os três dias de atividades entre 12 e 14 de novembro – e com 100% de capacidade.
Claro que os apaixonados por esporte a motor logo correram para garantir os ingressos. Caroline Abreu, Caroline Politta e Laís Souza foram três que não apenas compraram suas entradas como vão conferir a F1 de perto pela primeira vez.
E como a paixão começou para cada uma dessas fãs? “A F1 apareceu na minha vida desde sempre. Fui uma criança que cresceu com [Ayrton] Senna muito forte em casa, tinha foto dele na parede da casa da minha avó e quando houve o acidente do Ayrton, impactou muito minha família, todos ficaram de luto”, contou Laís ao F1Mania.net.
“Mas eu comecei a acompanhar mesmo quando tinha 11 anos por causa do meu padrasto que era tifosi doente e acabei crescendo assistindo as corridas no domingo, era sagrado. Era um evento para nós, um momento nosso de família e cresci acompanhando. Em 2011, me apaixonei por Sebastian Vettel e pela Red Bull, pelo conceito no esporte”, continuou.
Já Abreu afirmou que “acompanho a F1 desde pequena, pois era uma criança que acordava supercedo e na infância não tínhamos tv a cabo. Então, cresci assistindo Pequenas Empresas, Grandes Negócios, Globo Rural e F1, que eram os programas que passavam de manhã. Nessa época, não tinha muito envolvimento, mas conforme fui crescendo e fui entendendo melhor o esporte, passei a me interessar mais”.
Politta começou a acompanhar de maneira semelhante. “Era aquela criança que acordava cedo, assistia todos os programas que passavam na TV aberta (Globo Rural, Pequenas Empresas Grandes Negócios…) e bem F1 estava presente em várias dessas manhãs. A primeira memória que eu tenho é do GP da Áustria de 2002 onde teve o clássico ‘hoje sim, hoje sim, hoje não’ do Cléber Machado, algo ali me marcou, algo naqueles carros vermelhos me prendeu.”
O trio, que vai estar presente em todos os dias – treinos livres e classificação na sexta-feira, corrida de classificação no sábado e prova principal no domingo – e marcará presença no setor A, vai acompanhado de amigas. Inclusive, umas das outras e que se conheceram por conta do amor pelo esporte.
E quando decidiu que iria para a corrida? “Ir ao GP sempre foi um sonho, moro perto do autódromo e na época de motores V8 chegava a escutar o barulho de casa. Entretanto, ir não era algo palpável, mas esse ano se tornou possível. No começo, fiquei receosa por conta da pandemia, mas conforme a vacinação avançava tive mais confiança, tanto que comprei meus ingressos em agosto”, falou Carol Abreu.
Situação parecida aconteceu com Carol Politta, que bateu na trave de não acompanhar a edição de 2021 da prova. “A vontade existe há muitos anos, mas dinheiro e tempo sempre foram problemas. Nesse ano não era para acontecer, mas aos 45 minutos do 2º tempo – ou na ultima volta do circuito – consegui o ingresso”, explicou a torcedora que vem de Curitiba.
Enquanto isso, Laís já estava com os planos de ir em 2021, mas por conta da pandemia, teve de adiar o sonho em um ano. Mas após alguns pequenos obstáculos – lockdown em sua cidade, Ribeirão Preto, cirurgia estética e o esgotamento do primeiro lote, conseguiu garantir sua entrada em Interlagos.
“Parece que foi o destino, as coisas foram acertando, tomei as duas doses da vacina. Abriu o segundo lote, conversei com duas amigas minhas, aí fui e comprei, foi a decisão mais certa no momento certo. Estava financeiramente mais organizada, já tinha passado pelo pós-cirúrgico, então, foi no momento certo”, contou ao F1Mania.net.
E bem, já que é a primeira vez que as duas advogadas e a engenheira mecânica vão para a prova, quais são as expectativas? “Interlagos dificilmente decepciona. Quero ver tanto uma boa corrida de classificação quanto uma boa prova, com direito a ultrapassagens, paradas nos boxes emocionantes, talvez uma chuvinha pra animar. E claro, ver minha equipe favorita no pódio”, falou Politta, tifosi assumida.
“Interlagos é uma das melhores corridas da temporada, sempre tem corridas interessantes, principalmente se chove. Tenho a expectativa de que seja muito definitiva no que vai acontecer na briga pelo título dessa temporada maluca que está sendo 2021 e acho que São Paulo pode ser decisiva”, emendou Laís.
Carol Abreu ressaltou que “estou muito ansiosa para pisar no autódromo e ver os carros ao vivo. Espero uma corrida emocionante tal como a temporada, também será um privilégio poder ver o Kimi [Räikkönen] correr.”
Por fim, quais são as apostas de cada uma para a corrida? Abreu disse que “Max [Verstappen] tem grandes chances, ele está forte na temporada, mas Lewis [Hamilton] é sete vezes campeão e não quer perder esse título”, enquanto Politta disse que “meu coração tifosi me pede para ser Charles Leclerc, mas a lógica me diz que veremos o Max no topo do pódio de novo”.
“Espero que seja Verstappen especialmente pelo histórico que tem com a pista. Para mim, uma das corridas mais icônicas de Max foi em São Paulo, em 2016, quando ultrapassou 13 carros faltando pouquíssimas voltas para o fim e foi ao pódio. Mas sabemos que também tem o Hamilton”, encerrou Souza.