Pat Symonds, diretor técnico da Fórmula 1, acredita que a era atual dos carros com efeito-solo ainda reserva muita inovação. A afirmação vem após conversas com Adrian Newey, projetista-chefe da Red Bull.
A Red Bull dominou a categoria desde a volta do efeito-solo em 2022, conquistando 40 vitórias em 47 corridas e dois títulos consecutivos de pilotos e construtores. A expectativa é que o domínio continue em 2024.
Essas regras do efeito-solo foram criadas para facilitar as ultrapassagens e reduzir a ‘turbulência’ (ar sujo) causada pelos carros. No entanto, alguns temiam que a rigidez das regras limitasse inovações técnicas.
Symonds, experiente engenheiro da categoria, sempre confiou no potencial criativo das equipes. “Eu sabia que não era o caso”, disse ele no podcast ‘Beyond the Grid’, lembrando a apresentação dos modelos em 2020. “Mostramos diferentes interpretações dos carros, pois muitos achavam que as regras não permitiam desenvolvimento.”
Apesar de reconhecer que o conceito básico tende a convergir, Symonds vê espaço para avanços. “Felizmente, nunca chegamos à uma solução única. Estamos vendo isso em áreas como as entradas de ar nas laterais. A Red Bull, por exemplo, inovou com entradas acima da proteção de cabeça. São soluções que eu não previa, mas fico feliz em ver que a evolução continua. Conversei com Adrian Newey, e ele garante que há muito mais por vir”, encerrou Symonds.