O CEO da F2 e F3, Bruno Michel, acredita que o jovem piloto júnior da Mercedes, Andrea Kimi Antonelli, precisa aprender a lidar com a pressão de estar sob os holofotes. Afinal, segundo ele, isso faz parte do processo de aprendizado de um jovem piloto.
Antonelli, de apenas 17 anos, já é cotado para uma vaga na Fórmula 1, seja na equipe principal da Mercedes ou na cliente Williams. Isso apesar de ter disputado apenas três corridas na F2 e sequer ter corrido na F3.
Grande parte da especulação gira em torno da possibilidade do italiano estar na F1 já na próxima temporada, com chances até mesmo de substituir Logan Sargeant na Williams ainda em 2024.
Considerado um dos jovens pilotos mais promissores dos últimos tempos, Antonelli atrai tanta atenção quanto Max Verstappen, que saltou da F3 diretamente para a F1.
No entanto, Michel acredita que toda essa expectativa é consequência do talento do piloto da PREMA. “Ele tem que lidar com isso”, afirmou Michel, ao ser questionado sobre a pressão em cima de Antonelli. “Por mais que ele às vezes preferisse ter menos atenção, isso faz parte do jogo.”
“É bom por um lado, mas traz uma pressão extra por outro. Acredito que seja parte do processo de aprendizado dele. Se ele conseguir lidar com isso da maneira certa, com certeza será uma grande vantagem para o futuro”, acrescentou.
A presença de Antonelli na F2 elevou o interesse pela categoria na atual temporada. Apesar da pressão extra que isso possa colocar sobre os pilotos, Michel reconhece o benefício para a categoria.
“É sempre positivo ter pilotos que chegam com muita expectativa, que geram interesse e esperança”, disse Michel, destacando o impacto positivo que pilotos como Antonelli podem ter. “Acho importante, e obviamente Kimi é um talento, não há dúvida sobre isso.”
Porém, o chefe da categoria de base também alertou para o lado negativo da exposição na mídia, principalmente considerando o estágio inicial da carreira dos pilotos que competem no grid de apoio da F1. “É importante deixar o piloto se desenvolver sem colocar pressão externa adicional, o que sabemos ser bem teórico, porque estamos em um esporte super midiático. Mesmo não sendo a F1, a F2 ainda é grande. Então sim, Kimi precisa lidar com isso”, encerrou Michel.