O CEO da McLaren, Zak Brown, negou que a rejeição da entrada da equipe Andretti na Fórmula 1, seja um indicativo de que a categoria tenha uma postura contrária aos Estados Unidos.
A Andretti recebeu aprovação da FIA em outubro passado, mas teve o plano de estreia em 2025 ou 2026 barrado pela Fórmula 1, através da FOM, que alegou receio quanto à competitividade imediata da Andretti e questionou o valor agregado de uma 11ª equipe. A Andretti segue buscando formas de entrar no grid, e o Congresso dos EUA chegou a enviar uma carta à Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F1, exigindo esclarecimentos.
Brown negou a ideia de que a situação revele um potencial preconceito contra os EUA ou a América do Norte na F1.
“Não acho que haja nenhuma cultura anti-americana dentro da Fórmula 1”, disse Brown à ESPN. “A categoria tem fabricantes europeus, a Ford da América do Norte (que vai ser parceira de motores da Red Bull a partir de 2026) e a Honda do Japão. A F1 é extremamente global. Nunca percebi nenhum favoritismo ou negatividade em relação a nenhuma região do mundo. O mundo todo participa da Fórmula 1.”
Brown destacou as três corridas nos EUA e o retorno da Ford como exemplos do interesse da F1 em expandir o mercado americano.
“A Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F1, é americana. Passamos de uma para três corridas nos EUA, incluindo o maior investimento já feito pela F1, em Las Vegas. A Ford recentemente confirmou sua entrada na F1 com a Red Bull. Eu dirigo uma das principais equipes da categoria. A Netflix tem sido fantástica para a F1 globalmente, mas especificamente na América do Norte. E agora, temos Brad Pitt produzindo um filme baseado nos EUA, o que trará maravilhas para o esporte”, acrescentou.
Brown afirmou compreender a frustração da Andretti, mas destacou que as reclamações não devem se basear em suposta discriminação dos EUA. “Compreendo a frustração, mas a afirmação de que ‘a Fórmula 1 não está dando boas-vindas à América’ é equivocada. A questão principal é entre a Andretti e a Fórmula 1 sobre a agregação de valor”, finalizou o CEO da McLaren.