Fernando Alonso desafiou a Aston Martin a replicar a Red Bull e se tornar dominante na Fórmula 1, aproveitando as mudanças no regulamento previstas para 2026.
A chegada de Alonso coincidiu com a ascensão da Aston Martin, que se tornou a principal ameaça à Red Bull na primeira metade da temporada passada. Porém, a equipe atualmente ocupa a quinta colocação no campeonato.
Mesmo com o domínio contínuo da Red Bull nesta temporada, a equipe austríaca foi abalada pela notícia da saída do renomado projetista, Adrian Newey, no ano que vem.
A saída de Newey levanta a possibilidade de a Red Bull se tornar vulnerável com a reformulação do regulamento em 2026. A Aston Martin é uma das equipes que buscam se aproveitar desse cenário. A equipe de Silverstone investiu em uma nova sede de última geração e terá uma parceria de fábrica com a Honda para o novo regulamento de motores em 2026.
O piloto espanhol afirmou que a Aston Martin está determinada a acertar o projeto dos carros da próxima geração, para repetir o que Mercedes e Red Bull fizeram anteriormente.
“Eu acho que o mais importante para todos são as regras de 2026”, disse Alonso. “Adrian está obtendo o máximo do regulamento atual, que começou em 2022, mas por exemplo, em 2014, a Mercedes foi quem se beneficiou mais. Nunca se sabe o que vai acontecer em 2026. Queremos ser a Mercedes de 2014 ou a Red Bull de 2022. E acho que muitas equipes têm essa mesma esperança”
Alonso negou que a saída de Newey seja um sinal de que a Red Bull está em colapso, sugerindo que comentários nesse sentido têm o intuito de desestabilizar a atual equipe campeã.
Na semana passada, o CEO da McLaren, Zak Brown, e o chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff, mencionaram um aumento no recebimento de currículos de funcionários da Red Bull.
Questionado sobre uma possível implosão da Red Bull após a revelação da saída de Newey, Alonso respondeu: “Não acho isso. Eles dominam a categoria desde 2021, e quando algo acontece fora da equipe ou fora do fim de semana de corrida, vira notícia porque são os campeões que todos querem derrotar e desestabilizar para tentar vencê-los na pista. Então sim, acho que se o diretor técnico ou principal projetista de outra equipe saísse, não seria uma notícia tão grande quanto quando acontece na equipe vencedora. Mas vamos ver o que o futuro reserva”, finalizou o espanhol.