A McLaren revelou na manhã desta terça-feira (21) que correrá com um layout verde, amarelo e azul, em homenagem a Ayrton Senna, no Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1, corrida marcada para este domingo no circuito montado nas ruas de Monte Carlo. O desenho faz alusão ao capacete que o tricampeão mundial usou ao longo de sua trajetória no esporte a motor.
A combinação, embora não tão comum, pode ser encontrada quando olhamos a história da F1 ou do automobilismo. Em muitos destes casos, o uso destas cores claramente fez referência ao Brasil, de fato, ou a Senna. Há até casos de o carro ter essas cores por ser de um “time Brasil”. F1MANIA.NET relembra abaixo alguns destes casos.
“Carro capacete do Senna” na Porsche Cup
Se o desenho do capacete de Ayrton Senna foi inspiração para a McLaren do final de semana de Mônaco na F1, na Porsche Cup Brasil, ele também esteve em um carro. Josimar Júnior correu com um Porsche homenageando o icônico layout imortalizado pelo tricampeão do mundo na primeira passagem da categoria por Interlagos em 2024.
Brasil nas pistas na A1GP
A A1GP surgiu para ser uma espécie de “Copa do Mundo” das pistas, e tinha diversos países representados, entre eles o Brasil. E, por regra, o carro brasileiro tinha que ser pilotado por um piloto brasileiro. Na temporada de 2007/2008, o carro ganhou as cores verde, amarelo e azul, além do branco, e teve como pilotos Sergio Jimenez, Bruno Junqueira e Xandinho Negrão.
A disputa também levava em conta os países, sem ter uma pontuação em um campeonato de pilotos. Com um terceiro lugar como melhor resultado com Jimenez, o Brasil terminou o campeonato com a 14ª colocação entre 22 países representados no grid.
Muito amarelo e azul, e pouco verde na F1
A temporada era a de 1995, e um carro chamava atenção mais pelo visual do que pelo desempenho na F1: o da Forti Corsi. Com uma dupla brasileira em seu primeiro ano na categoria, com Pedro Paulo Diniz e Roberto Pupo Moreno, o modelo era prioritariamente amarelo e azul, com pequenos detalhes em verde na asa dianteira e nas rodas. Na pista, o sétimo lugar de Diniz em Adelaide, Austrália, foi o melhor desempenho do ano, mas não rendeu pontos.
Além das cores do Brasil, o carro chamava atenção por ter diversas marcas brasileiras. E não era um acaso: um acordo com Abílio Diniz, pai de Pedro Paulo, injetou US$ 17 milhões na equipe em troca da vaga para o piloto e a exposição destas marcas.
Carro verde e amarelo na F3000 Internacional
Outro carro nas cores do layout apresentado pela McLaren é o da Petrobras Junior Team, equipe mantida pela empresa brasileira na Fórmula 3000 Internacional, então principal categoria de acesso à Fórmula 1. Em 2002, Antonio Pizzonia e Ricardo Sperafico representaram o time. Enquanto o paranaense foi quinto colocado, o amazonense, que chegaria à F1, foi o oitavo no campeonato.
O F6 da Escuderia Fittipaldi
Única equipe brasileira da história da Fórmula 1, a Escuderia Fittipaldi teve um carro amarelo com detalhes em verde. O F6 foi usado na temporada de 1979 da principal categoria do automobilismo mundial, e tinha detalhes em azul, verde, além do vermelho. Com muitos problemas, o carro estrearia apenas no GP da Alemanha. Com este carro, o melhor resultado foi um sétimo lugar nos Estados Unidos.
O mau desempenho do carro fez com que a Copersucar, principal patrocinadora da equipe, deixasse de apoiar o time ao final daquela temporada, iniciando o processo que culminaria com o fechamento da Escuderia Fittipaldi em 1982.
Carro “brasileiro” quase venceu a Indy 500
Quem também teve um carro nas cores da bandeira do Brasil foi Christian Fittipaldi. Na única participação do piloto nas 500 Milhas de Indianápolis, em 1995, o filho de Wilsinho Fittipaldi se viu como único representante da família, já que Emerson Fittipaldi foi “bumpado” com um errático carro da Penske, e não fez feio: largou da 27ª posição e terminou em segundo, pouco mais de dois segundos atrás de Jacques Villeneuve, sendo o melhor novato da prova.