Albon contra a maré: Temporada da F1 longe de ser monótona

Apesar da dominância de Verstappen, Albon vê intensidade na competição

O início da temporada de Fórmula 1 de 2024 trouxe consigo um debate fervoroso entre os aficionados do esporte: a supremacia de Max Verstappen e da Red Bull Racing tem tornado as corridas previsíveis e sem emoção? Enquanto alguns veem essa dominância como um empecilho para o entretenimento, Alexander Albon, piloto da Williams, oferece uma perspectiva diferente ao discordar dessa visão.

Durante sua participação no podcast Beyond the Grid, Albon compartilhou sua decepção com a crítica de que a temporada estaria se tornando monótona devido ao sucesso contínuo de Verstappen. “É um pouco frustrante,” comentou, refletindo sobre as vitórias arrasadoras do holandês nos primeiros Grandes Prêmios do ano, no Bahrein e na Arábia Saudita. Essas conquistas parecem sinalizar mais um ano de triunfos para Verstappen e, possivelmente, para seu companheiro de equipe, Sergio Perez. No entanto, para Albon, essa não é razão suficiente para classificar a temporada como ‘chata’. “Definitivamente não é isso, pelo menos na minha perspectiva,” ele argumenta.

Albon sustenta que a Fórmula 1 vai muito além da busca pela vitória; há uma emoção incomum na competição, especialmente se considerarmos o restante do grid. “Se você tirar ele [Verstappen] da equação, você tem um dos melhores grids, o grid mais apertados de todos os tempos na Fórmula 1. E mesmo incluindo Max, ainda é o campo mais apertado na Fórmula 1.” O piloto tailandês-britânico aponta para a intensidade das corridas fora do foco principal, onde cada pequeno erro pode resultar em consequências significativas.

Ele cita o exemplo do GP do Bahrein, onde uma decisão tardia nos boxes custou-lhe seis posições, ilustrando a competitividade acirrada que define as corridas mais disputadas no meio e fim do grid. Até o momento, Albon ainda não pontuou na temporada, com um décimo quinto lugar no Bahrein e um décimo primeiro na Arábia Saudita, terminando apenas 12 segundos atrás de Nico Hülkenberg, da Haas F1, em décimo.