Vettel sobra e vence GP de Cingapura de ponta a ponta

Por André Spigariol

Não teve para ninguém no GP de Cingapura deste domingo (22): Sebastian Vettel dominou completamente a corrida noturna e venceu com autoridade, de ponta a ponta, mais rápido desde a primeira volta. Fernando Alonso fez ótima largada e apostou na estratégia de uma parada a menos para terminar a corrida na segunda posição, com seus pneus em frangalhos ao fim das 61 voltas.

Kimi Raikkonen fez corrida cerebral e repetiu a estratégia de Alonso no fim da prova, completando o pódio com a Lotus. Em seguida, vieram Nico Rosberg e Lewis Hamilton com a Mercedes, se aproveitando da quebra de câmbio de Mark Webber na última volta. Felipe Massa, em sexto, foi atrapalhado pela estratégia da Ferrari, mas se recuperou no fim da corrida.

Jenson Button e Sergio Pérez tentaram a mesma tática de duas paradas de Alonso, mas não deu certo e seus pneus não aguentaram a pressão das Mercedes e de Felipe Massa. Terminaram em sétimo e oitavo, respectivamente, enquanto Nico Hulkenberg e Adrian Sutil fecharam o top-10 em Cingapura.

Com o resultado, Vettel vai a 247 pontos no campeonato, com larga vantagem de 60 tentos sobre Fernando Alonso (187). O espanhol, por sua vez, está tranquilo na segunda posição, ao contrário de Hamilton, que, com 151, briga acirradamente pela terceira com Raikkonen (149).

Como foi a corrida em Cingapura

Na largada, Rosberg virou o volante e “mirou” em Vettel. Os dois dividiram a primeira curva e o alemão da Red Bull conseguiu levar a melhor, mantendo a liderança, enquanto o alemão da Mercedes segurou o segundo lugar. No retrovisor dos dois, cresceu a figura do carro de Alonso, que saltou de sétimo para terceiro na primeira freada, aproveitando um espaço que se abriu por fora. Felipe Massa fez boa largada por dentro, mas acabou encaixotado e não foi além de sua sexta posição, atrás de Grosjean.

Com três voltas completadas, Vettel já abria nada menos que quatro segundos de vantagem sobre o segundo colocado. No sexto giro, a vantagem era de 6s4, momento em que a equipe Red Bull avisava pelo rádio para que Vettel poupasse seus pneus. Rosberg também ia ganhando margem mais confortável na segunda posição, enquanto que um pelotão começava a se formar atrás de Alonso.

Quando se completaram dez passagens, os pontuáveis eram os seguintes: Vettel, Rosberg, Alonso, Webber, Grosjean, Massa, Hamilton, Button, Hulkenberg e Pérez. As câmeras focavam a briga entre Grosjean e Webber, mas o francês não ameaçava o australiano.

Em 11º, Kimi Raikkonen foi para os boxes ao final da 10ª volta, substituindo seus pneus macios por um novo jogo de macios. Sua estratégia era diferente, voltando dos boxes em 19º. Felipe Massa parou dois giros mais tarde, mas com tática de colocar pneus duros na primeira passagem pelos boxes. Em seguida, vários pilotos começaram a ir ao pitlane para a troca de borracha.

Com 21 voltas, os dez primeiros estavam assim: Vettel, Rosberg, Alonso, Webber, Grosjean, Hamilton, Massa, Button, Raikkonen e Pérez. A mudança de posição mais notada, após as paradas, foi a de Massa, que perdeu o sexto posto, além do salto de 11º para nono de Raikkonen.

O brasileiro foi prejudicado por uma falha de cálculo da equipe Ferrari, que o colocou na pista atrás de carros lentos. Pérez se mantinha em décimo, depois de árdua briga contra Hulkenberg e Maldonado. Enquanto isso, Vettel administrava vantagem de cerca de dez segundos. A mesma margem era a de Rosberg para Alonso, que ia segurando Webber e Grosjean.

Na volta 25, a corrida acordou com o erro de Daniel Ricciardo na curva do estádio. O piloto passou reto e acertou a barreira de espuma externa da curva, feita em segunda marcha. Resultado: safety car na pista e um grande corre-corre de todos para os boxes.

A relargada veio na 30ª passagem. Vettel deu o pé e escapou rapidamente, passando na reta principal com 1s3 de vantagem sobre Rosberg. Mais atrás, o pelotão se embolou. Felipe Massa tinha os pneus mais macios e quis tirar proveito dessa vantagem, mas Paul di Resta não deu espaço. Com duas voltas de bandeira verde, Vettel tinha aberto seis segundos de vantagem.

Com 38 voltas, os dez primeiros eram Vettel, Rosberg, Webber, Hamilton, Alonso, Di Resta, Massa, Button, Raikkonen e Pérez. O espanhol da Ferrari caiu para quinto por conta de seu pit-stop durante o safety car, enquanto que os pilotos à frente não tinham parado.

Na 40ª passagem Webber parou para trocar pneus e voltou à frente de Nico Rosberg, quando o alemão parou. Alonso, por sua vez, tinha a oportunidade de não fazer a terceira parada, assim como Button e Pérez – terceiro e quinto, respectivamente. À 50ª volta, os dez melhores eram Vettel, Alonso, Button, Raikkonen, Pérez, Hulkenberg, Webber, Rosberg, Hamilton e Di Resta. O australiano da Red Bull estava encaixotado atrás de Hulkenberg e perdia tempo, alimentando a estratégia de Alonso.

A sonolência foi quebrada na 55ª passagem, quando Raikkonen colocou de lado, dividiu a curva com Button e passou para terceiro. E logo em seguida Paul di Resta passou reto em uma curva e bateu na barreira externa, mas não houve Safety Car. Assim, Felipe Massa ganhou duas posições, quando também ultrapassou Hulkenberg para ser o nono colocado.

O ritmo ficou frenético. Mais à frente Webber foi fazendo ultrapassagens e agitou o pelotão no fim da corrida, chegando à quarta posição, se aproveitando do fato de as McLarens não terem parado. Ele puxou a fila dos mais rápidos: Rosberg, Hamilton e Massa também vinham passando. Na penúltima volta, o pelotão estava assim: Vettel, Alonso, Raikkonen, Webber, Rosberg, Massa, Button, Pérez e Hulkenberg.

Faltando duas voltas, Webber interrompeu seu ritmo forte e passou a economizar o equipamento, atendendo ao pedido desesperado da Red Bull que avisou o piloto para manter os giros baixos. Melhor para Rosberg, que ganhou a quarta posição na última volta. Hamilton pulou para quinto, também se aproveitando. Se arrastando na pista, o australiano abandonou na última volta.

Confira o resultado do GP de Cingapura:

1) Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 2 pit-stops

2) Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 2

3) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus), 2

4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 2

5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 2

6) Felipe Massa (BRA/Ferrari), 3

7) Jenson Button (ING/McLaren), 2

8) Sergio Perez (MEX/McLaren), 2

9) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber), 2

10) Adrian Sutil (ALE/Force India), 3

11) Pastor Maldonado (VEN/Williams), 3

12) Esteban Gutierrez (MEX/Sauber), 2

13) Valtteri Bottas (FIN/Williams), 3

14) Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso), 3

15) Mark Webber (AUS/Red Bull), 2

16) Giedo van der Garde (HOL/Caterham), 3

17) Max Chilton (ING/Marussia), 3

18) Jules Bianchi (FRA/Marussia), 4

19) Charles Pic (FRA/Caterham), 3

OUT) Paul di Resta (ESC/Force India), 2

OUT) Romain Grosjean (FRA/Lotus), 4

OUT) Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso), 1