Minardi cobra motores “com desconto” para equipes mais fracas

O diretor da equipe Minardi de Fórmula 1, Paul Stoddart, disse nesta segunda-feira que espera que as cinco empresas fornecedoras de motores para a categoria honrem o compromisso de venderem motores por um preço mais baixo para as equipes mais pobres.

Stoddart disse que a menos que BMW, Mercedes, Ferrari, Renault e Ford possam entregar conjuntos de motor por US$ 10 milhões até a sexta-feira (data dos primeiros treinos da prova de abertura da temporada), a equipe Minardi vai retirar o apoio ao uso de controle de tração na Fórmula 1.

Pelas regras da modalidade, a liberação do uso de alguns sistemas só é feita caso todas as 10 equipes aprovem, por unanimidade, a implementação. Isso garantiria uma igualdade equipes mais fortes e mais fracas, mas nem todas as equipes têm condições de utilizar o sistema de tração. Equipes mais pobres, como a Minardi, utilizam o apoio a implementações tecnológicas como “moeda de troca” para ganharem benefícios da FIA e das outras equipes.

Embora a retirada do apoio da Minardi ao uso do controle de tração não altere nada para o GP da Austrália, o sistema estaria banido para o resto da temporada. Isto colocaria por terra todos os testes e o planejamento realizado pelas equipes até agora.

“O subsídio aos motores foi acordado na temporada passada para garantir que as equipes menores sobrevivessem. O apoio ao controle de tração foi nossa contrapartida”, disse Stoddart. “A tecnologia beneficia a Ferrari, a Williams e a McLaren, mas não nos serve para nada”, completou o diretor, que disse que um contrato foi assinado entre os fornecedores e as equipes no dia 29 de abril de 2003, quase um ano antes do início da temporada de 2004.