Stoddart ameaça vetar controle de tração

A poucos dias do início do Mundial de Fórmula 1, o dono da equipe Minardi, o australiano Paul Stoddart, ameaçou votar contra a permanência do controle de tração nos carros.

Stoddart reafirmou que nenhuma das promessas feitas pela Federação Internacional de Automobilismo foi cumprida até o momento, como o fornecimento de motores a apenas US$ 10 milhões para as equipes independentes. Para que o controle de tração continue legal, é preciso que todas as equipes votem a favor da proposta.

Em 2003, a FIA informou que todos as ajudas eletrônicas dos carros seriam proibidas a partir do GP da Inglaterra, em julho. Porém, em uma reunião entre os chefes de equipe e a entidade, ficou acertado que apenas o controle de largada e o câmbio automático seriam proibidos.

Para isto, a FIA condicionou que as montadoras fornecessem motores às equipes de menor orçamento (Jordan e Minardi) no máximo por US$ 10 milhões. Na ocasião, apenas a Mercedes, parceira da McLaren, se mostrou favorável.

“Uma reunião foi feita pelas montadoras para diminuir os custos dos motores e teriam o meu retorno e o de Eddie Jordan se concordássemos com o uso do controle de tração. Mas nada desde então aconteceu. A menos que venha algo e as promessas sejam honradas, eu vou retirar meu voto sobre o controle de tração, o que vai causar grandes problemas a eles”, ameaçou Stoddart.

O australiano revelou ainda que Ron Dennis, chefe da McLaren, alertou que seria gasto muito dinheiro, caso houvesse a proibição do controle de tração. Porém, Stoddart disse que não está disposto a ceder, caso as promessas não sejam cumpridas.

“As grandes equipes parecem ter perda de memória, e não é assim que se faz negócio. Não quero mais controvérsia no esporte, mas eles não estão jogando limpo”, reclamou o dono da Minardi, a equipe com menor orçamento da categoria.