Cristiano reflete sobre o GP da Hungria

O Grande Prêmio da Hungira foi frustrante para mim, pois meu erro na largada – quando fiquei parado – arruinou minha corrida antes de ela ter começado. Eu apertei o botão de controle de largada um pouco cedo demais, o que significou que eu tive que recorrer aos freios para evitar uma penalização por queimar a largada, e o motor foi. Os fiscais me empurraram para dentro dos boxes bem rápido, mas eu já estava uma volta atrás antes de sair dos boxes, e naquele momento eu sabia que minha chance de chegar na zona de ponutação era zero.

Mais frustrante ainda foi saber que o carro estava realmente bom na corrida. Uma vez que a pista ficou emborrachada o bastante, o equlíbrio do carro ficou bom e cada vez que eu tinha pneus novos eu era rápido. De fato, eu fiz a quinta melhor volta da corrida.

O controle do carro na corrida foi definitivamente o melhor que tive em todo o fim de semana, mesmo porque ele estava bastante difícil de dirigir na sexta e no sábado. Nos treinos livres da sexta de manhã eu ainda estava aprendendo a pista, por isso não acelerei ao máximo, e mesmo assim o carro saía muito de frente. Não havia muito o que fazer em relação ao acerto do carro, porque a pista estava bastante suja, até mesmo no trilho de corrida. Quaisquer melhoras nos tempos teriam que vir da pista, e não do carro. Mas acho que isso foi igual para todo mundo.

Minhas impressões iniciais do circuito de Hungaroring não foram boas. Achei que era muito estreito para carros de F1, e todas as curvas eram de segunda e terceira marcha. Mas devo dizer que meu ponto de vista mudou um pouco à medida que o fim de semana foi passando. É, na verdade, um circuito bem desafiador e difícil.

Os dois primeiros setores da minha volta rápida na pré-classificação estavam bons, mas rodei na penúltima curva, o que me colocou no 20º lugar. Mesmo agora eu não sei exatamente o que aconteceu pois o carro entrou na curva bem, e eu só perdi a minha traseira na metade da curva, o que é muito incomum. A telemetria não mostrou nada, mas ainda acho que alguma coisa maluca estava acontecendo com o carro.

Mais duas rodadas no sábado de manhã e no warm-up não foram a melhor prepraração para a minha volta de classificação. Eu decidi ser mais cauteloso para assegurar uma volta limpa e não forcei o ritmo até onde poderia forçar.

Acho que eu poderia ter conseguido mais 0.3s do cockpit, e acho que a pista melhorou na mesma medida durante a sessão à medida que mais borracha is para a pista. Acho que os caras que se classificaram na segunda metade do treino tiveram uma das maiores vantagens de pista da temporada até agora. De qualquer forma, se tudo tivesse corrido bem acho que poderia ter conseguido um tempo parecido com meu companheiro na Toyota, Olivier Panis, o que teria sido um resultado respeitável.

Depois da Hungria teremos mais uma folga de três semanas no calendário. Porém, agora podemos testar, por isso não há a menor chance de voltar ao Brasil como fiz antes do GP da Hungria. Ah, aquilo foi maravilhoso! Foi a primeira vez em três anos que passei duas semanas direto na minha cidade natal, Belo Horizonte, foi um ótimo descanso. Assim, vou passar esta semana em Mônaco, treinando e me aquecendo, antes de ir para Monza testar na semana que vem, e depois correr no GP da Itália dia 14 de Setembro. Acho que nosso carro estará muito bem em Monza, por isso estou ansioso para redescobrir nossa performance ganhando pontos lá.