Ayrton Senna – Especial 2002
Hoje, se Ayrton Senna estivesse vivo estaria completando 42 anos, e por isso preparamos uma matéria especial, confira logo abaixo:
Domingo, 21 de Março de 1990
Retorno da Fórmula 1 ao Autódromo de Interlagos, meia-hora antes da largada.
Setor “A”, à frente da entrada dos boxes, onde alinhou-se os carros para a volta de apresentação.
À minha frente o carro “27” da McLaren de Ayrton Senna. Ele se retirou do carro e começamos uma pequena comemoração de seu aniversário.
A emoção tomou conta de todos, inclusive a dele.
Não foi sua melhor corrida, mas foi uma bela e inesquecível comemoração.
As fotos foram tiradas por mim, com total exclusividade.
PARABÉNS, AYRTON SENNA!
Depoimento de Carlos Eduardo Berto
(Acompanha a Fórmula 1 desde o início dos anos 70, sendo que assistiu pessoalmente em Interlagos uma prova de Fórmula 1 em 1969 onde corria Emerson Fittipaldi e Wilson Fittipaldi, entre outros).
Ps.: Nesta corrida Prost venceu e Senna chegou em 3º lugar.
GP do Brasil 1991:
“Se esse era o preço de ganhar no Brasil, foi barato. Valeu!”
Ayrton Senna não quis festa no seu 31º aniversário na antevéspera da corrida. Queria ganhar de qualquer maneira aquele GP do Brasil. Foi dormir muito cedo e assim que adormeceu sonhou que estava correndo sozinho, na frente e o carro era cada vez mais rápido. Acordou sorrindo e assim que voltou a dormir o sonho se repetiu e, desta vez, reconheceu a pista, era a de Interlagos.
Seria a oitava tentativa de vencer no Brasil e toda concentração era pouca. Conseguiu a pole position à frente dos velozes Williams-Renault, de Mansell e Patrese, e partiu na frente liderando fácil até 65ª volta. Até ali, o sonho da noite anterior estava seguindo o roteiro. De repente, a terceira marcha escapou. Ele levou um susto. Tentou engatar a quarta e ela não entrou. Sentiu um frio na barriga e a cabeça doeu.
Tempos depois, ainda não lembrava se havia rezado a Deus ou se soltou um palavrão. Na reta dos boxes mostram-lhe a placa + 7-L6, o que significava que tinha sete segundos de vantagem sobre Riccardo Patrese, a seis voltas do final.
Respirou fundo e aí rezou “vai dar, vai dar”. Percorreu mais duas voltas e quando viu a placa a notícia não era boa + 4-L3. Tinha perdido três segundos. E a coisa ainda piorou quando foi colocar a quinta marcha e ela não respondeu. Ficou só com a sexta velocidade não olhou mais a placa, não deu bola para o rádio e acelerou.
“Só voltei à realidade quando vi a bandeirada. (2s999 milésimos à frente de Patrese). Aí senti um imenso prazer em viver, em estar em Interlagos, na minha terra e vendo a minha gente feliz. Não foi a maior vitória da minha vida – garantiu Senna -, mas foi a mais sacrificada.”
Fonte: Site oficial de Ayrton Senna