Will Power acerta estratégia e vence GP de Detroit da Indy

Will Power venceu neste domingo (5) o Grande Prêmio de Detroit, sétima etapa da temporada 2022 da Indy. O piloto da Penske largou da 16ª posição e se valeu de uma estratégia em que retardou ao máximo o stint com os pneus macios, que se desgastavam rapidamente no circuito montado nas ruas da Ilha Bela, e garantiu uma distância suficiente para vencer a corrida sem ser tão ameaçado pelos rivais.

A segunda colocação ficou com Alexander Rossi, piloto da Andretti Autosport que usou os compostos macios apenas nas primeiras quatro voltas da prova, terminando a corrida próximo de Power. Scott Dixon, com um carro da Chip Ganassi, ficou com a terceira colocação, sendo seguido por Josef Newgarden, companheiro de Power na Penske. Pato O’Ward, da McLaren, foi o quinto.

Álex Palou, atual campeão da Indy, terminou em sexto com o carro da Chip Ganassi, e foi seguido por Simon Pagenaud, da Meyer Shank. Marcus Ericsson ficou com a oitava posição com mais um equipamento da Ganassi, enquanto Colton Herta, da Andretti, cruzou a linha de chegada em nono. Felix Rosenqvist, da McLaren, completou o top-10.

Em uma corrida sem bandeiras amarelas, Helio Castroneves abandonou a disputa. O brasileiro largou da terceira posição, mas teve problemas elétricos com o equipamento preparado pela Meyer Shank, deixando a corrida na 23ª das 70 voltas.

A temporada da Indy terá sequência já no próximo final de semana com a disputa do Grande Prêmio de Road America, em Elkhart Lake.

Confira como foi a corrida

A corrida começou com o grid desalinhado a partir da sexta fila e com Josef Newgarden mantendo a ponta, enquanto Simon Pagenaud e Helio Castroneves superando Takuma Sato, que despencou para a quarta colocação. Pato O’Ward completava o grupo dos cinco primeiros. Mais atrás, Scott McLaughlin superou Scott Dixon, passando para o décimo lugar.

Graham Rahal acertou o muro com a roda traseira direita, abandonando a disputa, enquanto Jimmie Johnson visitou os boxes na terceira volta para trocar os pneus macios pelos duros. Quem começou a avançar foi Alexander Rossi, que pulou da nona para a sexta posição em apenas quatro voltas. Rinus VeeKay visitou os boxes na quarta volta, enquanto Rossi parou no quinto giro.

Malukas visitou os boxes na sétima volta, enquanto Sato passou a atacar Castroneves pela terceira colocação. O brasileiro, aliás, começava a sofrer com o desgaste dos pneus macios, bem como os líderes. O japonês da Dale Coyne se viu ultrapassado por Pato O’Ward, Will Power, caindo para sexto antes de ir aos boxes. Pouco depois, na décima volta, o australiano superou o mexicano, tomando o quarto post.

Power seguia se valendo dos pneus duros e superou Castroneves na 11ª volta, pulando para o terceiro lugar. Outro que passou pelo brasileiro foi Dixon, também no mesmo giro. Na volta seguinte, os dois ultrapassaram Pagenaud, subindo para segundo e terceiro, respectivamente. Outro que passou pelos pilotos da Meyer Shank foi Alex Palou, enquanto o brasileiro também foi superado por Kyle Kirkwood, caindo para o sétimo posto.

Com melhor rendimento, Power tomou a liderança da prova na 14ª volta, superando Newgarden, que ainda usava os pneus macios. O dono do carro número 2 também foi superado na mesma volta por Dixon e Palou, caindo para a quarta posição. Castroneves, por sua vez, despencou para a décima posição, ainda usando os compostos de faixa vermelha. Na volta 17, o brasileiro foi aos boxes.

Pagenaud visitou os boxes na volta 18, mesmo momento em que Scott McLaughlin passou reto em uma das curvas, mas conseguiu levar o carro aos boxes. Newgarden, O’Ward e Herta pararam nos boxes na volta 19, enquanto Marcus Ericsson fez o mesmo no 20º giro. Power manteve a ponta, seguido por Dixon, Palou, Kirkwood e Rossi na volta 21. Castroneves vinha em 20º.

O australiano da Penske abriu quatro segundos para Dixon, enquanto Castroneves foi aos boxes com problemas no carro. Kirkwood abriu a janela de paradas entre os que largaram com pneus duros na volta 24. No giro seguinte, Rossi veio para sua segunda parada nos boxes, enquanto Power trocou pneus e reabasteceu na volta seguinte. Dixon e Palou pararam nos boxes na volta 27.

Power, que optou por seguir com pneus duros, vinha quatro segundos na frente de Dixon, que passou a usar os macios, o que também foi feito por Palou. Rossi, por sua vez, vinha com os duros, assim como Kirkwood. A partir da 30ª volta, uma pequena garoa passou a atingir o circuito com mais força, mas ainda sem molhar a pista.

Dixon chegou a descontar um pouco a vantagem de Power, mas logo passou a sofrer com os pneus de faixa vermelha, e viu o australiano da Penske se distanciar na liderança, disparando seis segundos na volta 35, a metade da corrida. Palou passou a se aproximou de Dixon, trazendo a diferença para dois segundos.

Mais atrás, Pato O’Ward partiu para o ataque sobre Newgarden, e quase se atrapalhou quando encontraram Tatiana Calderón, retardatária, pela frente. O americano manteve a sexta posição. Mais na frente, Rossi partiu para o ataque sobre Palou, e conseguiu a ultrapassagem na volta 39, tomando a terceira colocação.

Enquanto Power disparou 15 segundos sobre Dixon, Rossi se aproximou do neozelandês, e tomou a segunda posição na volta 43. Palou foi para os boxes na volta 44. No giro seguinte, Dixon, Newgarden e O’Ward fizeram suas últimas paradas, enquanto Ericsson trocou pneus e reabasteceu na volta 46. Rossi foi para os boxes pela última vez na volta 47.

Kirkwood colocou pneus macios na volta 49, e raspou o muro logo na sequência, visitando os boxes novamente na volta seguinte, deixando a disputa. Na passagem 51, Power foi para os boxes, viu a Penske demorar na parada, e recebeu compostos macios. O australiano logo viu o rival da Andretti começar a descontar a diferença, que caiu para 15 segundos com 17 voltas para o final.

Rossi seguiu descontando a vantagem para Power, que mergulhava contra os retardatários para não perder tempo. Com 14 voltas para o final, a diferença estava na casa de 12 segundos. Dixon, por sua vez, tinha 15 segundos de atraso para o líder. Apesar disso, o dono do carro número 12 conseguia manter a distância inalterada, entrando com 12 segundos de frente nas últimas dez voltas.

A diferença começou a cair a partir da volta 63, quando os pneus de Power passaram perder desempenho. Dois giros depois, a diferença baixou da casa dos nove segundos. Uma volta ruim do americano, porém, praticamente deu a corrida para Power, que terminou apenas um segundo à frente de Rossi, o segundo colocado. Ainda houve tempo para que Rinus VeeKay parasse no muro.