O CEO da Renault, Luca de Meo, confirmou que a equipe se deixará a F1 após a temporada de 2025, encerrando quase cinco décadas de participação desenvolvendo unidades de potência. A decisão foi motivada pelo desempenho insatisfatório da equipe Alpine, que se encontra na nona posição no campeonato de construtores e sem perspectivas de patrocínios.
“Os fãs, exceto os verdadeiros entusiastas, eu concordo e patrocinadores vêm para uma equipe, não para um motor. Alpine dada a nossa classificação, está perdendo bônus. Patrocinadores são raros. Temos um buraco no ar. Meus acionistas sabem contar. Alpine tem que ganhar dinheiro,” afirmou De Meo.
De Meo expressou que a situação atual da equipe, incluindo classificações como P16 e P17, a fez parecer “piada”. “O público da F1 mudou, expandiu-se para incluir jovens e mulheres, que possuem uma visão diferente do esporte. Agora, apoiamos um piloto, uma cor, uma marca e não apenas um motor. Atualmente, com nossos P16 e P17, parecemos piada. Não estamos em lugar nenhum. Os tradicionais ‘retornos de marketing’ sumiram, mesmo que não sejam facilmente quantificáveis em termos financeiros,” acrescentou.
A decisão de deixar a F1 não foi fácil. De Meo disse que foi um “assunto muito emocional” e expressou preocupação com os mais de 300 funcionários da fábrica em Viry-Châtillon, embora seus empregos estejam assegurados em outros projetos: “Esta decisão é o resultado de meses e meses de observações. Eu admiro o compromisso e a determinação das pessoas da Viry-Châtillon. Mas infelizmente, lá nos tornamos invisíveis. Mais dois anos assim e o projeto seria completamente esvaziado,” concluiu.