Gasly satisfeito que FIA estuda opções para fiscalizar limites de pista na F1 em 2023

Pierre Gasly teve uma longa discussão com os diretores de corrida da Fórmula 1, sobre a fiscalização dos limites de pista, depois que sua qualificação para o GP da Hungria foi arruinada por um tempo de volta deletado.

A volta mais rápida do piloto da AlphaTauri no Q1, 1m19,116s, foi deletada quando os comissários determinaram que ele havia excedido os limites da pista na curva cinco, deixando-o apenas em 19º no grid. Seu companheiro de equipe Yuki Tsunoda e Mick Schumacher, da Haas, cometeram a mesma violação.

Um quarto piloto, Sergio Perez, foi inicialmente penalizado por infração semelhante na mesma curva. Em uma análise adicional das imagens, os comissários mudaram essa decisão e restabeleceram o tempo de volta que havia sido deletado de Perez.

Gasly afirmou que ele também permaneceu dentro dos limites da pista. A decisão contra ele comprometeu seu fim de semana de corrida. Enfrentando uma largada na última fila, a AlphaTauri optou por trocar alguns componentes da unidade de potência em seu carro, e largar do pit lane, tendo terminado a corrida apenas em 12º.

Antes da corrida, Gasly teve longas discussões com membros do controle de corrida. “Com base no que aconteceu, eu ainda estava muito bravo com, porque pelo que vi, é muito discutível se eu estava na pista ou fora dela”, disse ele após a corrida de domingo.

“Coisas semelhantes acontecem com Yuki e Checo (Perez), e a partir das câmeras de bordo, eles estavam claramente na pista. Mas enfim, foi isso”, disse ele.

Perez, que estava no centro de outra confusão sobre limites de pista na Áustria, três semanas antes, disse: “Esses incidentes mostram que o sistema não está realmente à altura, temos que revisá-lo e ver como podemos avançar melhor para ter mais consistência”. Gasly repetiu sua opinião: “Temos que ter as ferramentas certas para fiscalizar isso”, disse o piloto da AlphaTauri.

Gasly afirmou que suas discussões com os diretores de corrida da F1, Niels Wittich e Eduardo Freitas, indicaram que outras melhorias no sistema estão sendo consideradas. “Passei 40 minutos com Niels e Eduardo esta manhã, tentando discutir e encontrar uma maneira de todos ficarem felizes”, disse Gasly no domingo.

“No momento eles têm uma quantidade enorme de trabalho, e isso não está facilitando muito a vida deles. Claramente, nessa curva cinco, eles não tinham as ferramentas certas para fiscalizar da maneira mais justa possível. Acabamos de falar sobre soluções futuras, para ter primeiro uma maneira mais consistente de fiscalizar e garantir que esteja indo na direção certa.”

“Eles foram bastante abertos, acho que estão esperando feedback, e vou voltar para todos os pilotos também para ver se nas próximas semanas podemos tentar encontrar uma maneira de também fornecer alguma solução para eles.”

Gasly explicou que, em seu caso, a FIA usou o CCTV, a câmera do capacete e os sensores automáticos para julgar se ele permaneceu dentro dos limites da pista. Ele acredita que o fato de sua câmera de capacete estar em uso no momento do incidente, não permitiu que nenhuma outra câmera verificasse se ele estava dentro da pista ou não.

A filmagem usada para determinar sua penalidade era ‘discutível’, acrescentou Gasly.

Ele indicou que a F1 pode trazer equipamentos adicionais para monitorar os limites de pista em 2023. “Isso é o que discutimos”, disse ele. “Sei que para o próximo ano eles já estão analisando opções diferentes, mas infelizmente eu paguei as consequências disso.”

Algumas categorias que correram em Hungaroring no início do ano, instalaram câmeras adicionais de limites de pista em pontos-chave. O próximo GP da F1 acontece em Spa-Francorchamps, um local que realiza corridas de resistência e, portanto, desenvolveu um sistema para fiscalização dos limites de pista à noite e em condições de neblina, com uma combinação de câmeras estáticas e também nos carros.