Fórmula E e Indy se tornam opções para pilotos seguirem em alto nível fora da F1

A Fórmula E e a Indy são categoria que estão ganhando cada vez mais força a cada ano que se passa. Com grid renovados, cheios de talentos e grande competitividade, estão se tornando categorias visadas por pilotos que já não têm mais espaço dentro da F1. E isso é bom.

É verdade que o cenário de ambos os certames são bastante diferentes. Enquanto uma é a principal categoria de monopostos dos Estados Unidos e tem longa história no automobilismo, a outra parte para a oitava temporada da história, é baseada na Europa e vem com carros totalmente elétricos.

Mas um ponto em comum além de serem ‘open wheel’ – ou seja, não seguirem modelos dos carros de turismo com rodas cobertas – são os nomes cada vez mais comuns de competidores que um dia estiveram na F1 ou na ladeira para chegar àquela que é considerada a principal categoria do automobilismo mundial.

O intercâmbio entre Estados Unidos e Europa sempre existiu, é verdade. Grandes nomes flutuaram entre uma categoria e outra – nomes de sucesso são Alex Zanardi, Juan Pablo Montoya, Emeson Fittipaldi, Nigel Mansell, entre tantos outros.

Romain Grosjean
Foto: IndyCar

Mas a prática acabou perdendo força com o passar das temporadas. A Indy era composta majoritariamente por pilotos “crias” norte-americanas, enquanto a F1 seguia sendo o maior sonho dos jovens competidores. Acontece que as coisas mudaram mais uma vez.

No panteão do automobilismo, está cada vez mais difícil encontrar uma vaga. Apenas 20 carros estão disponíveis e quando não se está em uma equipe competitiva e de ponta, o dinheiro fala mais alto que qualquer talento que se tem. O funil ficou apertado até mesmo para os campeões da Fórmula 2.

E é aí que a jovem FE e a Indy assumem papéis importantes nas carreiras dos pilotos. Com grids maiores, equipes interessadas em pilotos mais novos e muito mais abertas, tornaram-se grandes opções para seguir em alto nível no esporte a motor.

Romain Grosjean, que disputava o fundo do pelotão com a Haas, encontrou com a Dale Coyne a chance de virar sua sorte. Em seu primeiro ano, conseguiu nada menos que três pódios, uma pole-position e ainda chegou a liderar corridas – para 2022, vai correr na competitiva Andretti.

Antonio Giovinazzi é outro grande exemplo. Chutado pela Alfa Romeo para dar espaço a Guanyu Zhou, chinês que leva grande aporte financeiro ao time, foi contratado pela Dragon na FE e vai fazer sua estreia em 2022 com carros elétricos – já participou da pré-temporada em Valência.

Alexander Rossi, Callum Ilott, Christian Lundgaard, Marcus Ericsson, Nyck de Vries e Dan Ticktum também são outros exemplos que correrão o próximo campeonato ou na Indy, ou na Fórmula E.

Chegar à F1 é um sonho que muitos pilotos ainda carregam. Mas não conseguir uma vaga não é o fim do mundo, afinal, existem tantas categorias ao redor do mundo que podem oferecer boas equipes, boas brigar e, por que não, vitórias e títulos.