Fórmula 1: Stella reconhece dificuldade dos pilotos ao explorar limite do MCL39

Apesar do início dominante da McLaren na temporada 2025 da Fórmula 1, Andrea Stella, chefe da equipe, indicou um ponto sensível no desempenho do MCL39, o carro do time para 2025: a dificuldade dos pilotos em compreender o comportamento do modelo ao operar no limite.

O time britânico venceu quatro das cinco corridas realizadas até o momento este ano, liderando com folga o campeonato de construtores, com 188 pontos, 77 a mais que a Mercedes, segunda colocada. Oscar Piastri lidera o campeonato de pilotos com três vitórias, seguido de perto por Lando Norris e Max Verstappen. No entanto, mesmo com o sucesso, Stella admite que há espaço para evolução.

Stella afirmou: “O carro tem um certo envelope de performance. Mas explorar esse limite tem sido um pouco complicado para nossos pilotos. Há muito grip, muito grip… e então, de repente, ele desaparece. Você acelera apenas um quilômetro por hora a mais e ele some.”

De acordo com o dirigente, essa transição abrupta torna a pilotagem imprevisível. “O entendimento do carro nesse ponto é relativamente insensível. Os pilotos precisam adivinhar o que o carro vai fazer. Isso não é ideal”, acrescentou.

A situação já trouxe impactos práticos: nas últimas sessões de classificação, Lando Norris enfrentou dificuldades para extrair o máximo do carro em voltas rápidas, inclusive sofrendo um acidente no Q3 em Jeddah, o que comprometeu sua posição no grid de largada.

Stella reconhece que o desafio não é apenas dos pilotos, mas também da engenharia da equipe. “Não há muito feedback vindo do carro. Como equipe, precisamos fazer um trabalho melhor em projetar um carro que forneça essas informações, que permita aos pilotos sentir onde está o limite e trabalhar com confiança”, completou.

Mesmo no topo da tabela, a McLaren mostra que ainda há áreas a serem refinadas, um sinal de que a equipe não está acomodada com os resultados e segue em busca de evolução.

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