F1: Mudança nas asas somente na Espanha pode afetar equilíbrio do campeonato, diz ex-projetista

A decisão da FIA de endurecer os testes de flexibilidade das asas dianteiras na Fórmula 1 só a partir do GP da Espanha gerou algumas críticas. O ex-projetista da categoria Gary Anderson, acredita que essa mudança tardia pode afetar o equilíbrio do campeonato, criando um cenário desigual entre as oito primeiras corridas da temporada e o restante do calendário.

No momento, as regras determinam que as asas não podem se deformar mais de quinze mm sob carga. A partir da etapa espanhola, esse limite será reduzido para dez mm, além de uma nova metodologia de medição que deve dificultar eventuais brechas no regulamento.

Para Anderson, que trabalhou para equipes como Jordan, Stewart e Jaguar, a FIA deveria implementar a nova regra desde o início da temporada. “Isso distorce a disputa antes mesmo dela começar”, afirmou ao The Race. Ele destaca ainda que, embora seja difícil prever o impacto exato em cada carro ou piloto, a redução de 33% na flexibilidade permitida, pode alterar significativamente o desempenho de algumas equipes.

O ex-projetista afirmou que a mudança não afeta apenas a asa dianteira em si, mas também sua relação com o assoalho, as extremidades laterais e a asa traseira, todos componentes essenciais para o fluxo aerodinâmico do carro de F1. Como resultado, algumas equipes que podem começar o ano fortes podem perder rendimento após a mudança, enquanto outras podem se beneficiar.

A nova regulamentação adiciona um fator de incerteza ao campeonato e pode influenciar diretamente a evolução das equipes ao longo da temporada 2025.



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