Toto Wolff, chefe da Mercedes, fez uma firme defesa de Frédéric Vasseur, atualmente sob pressão no comando da Ferrari, e afirmou que a equipe italiana não encontrará ninguém melhor para o cargo. Para o austríaco, o francês precisa de tempo e espaço para estruturar a equipe e conduzi-la de volta ao topo da Fórmula 1.
“Fred é um dos melhores gestores do automobilismo que eu conheço. Se eu não estivesse aqui, eu o contrataria. Tenho muito respeito por ele”, afirmou Wolff. “Ele é direto, não se envolve em política nem em mentiras, e sabe exatamente do que está falando.”
Vasseur assumiu a Ferrari em 2023, mas a falta de resultados consistentes tem gerado críticas, especialmente vindas da imprensa italiana. Embora a equipe esteja em segundo no campeonato de construtores no momento, a diferença para a líder McLaren é de 207 pontos, um contraste acentuado em relação ao desempenho competitivo do ano anterior.
Wolff destacou que o ambiente de pressão na Itália é inevitável, mas que precisa ser encarado com maturidade. “Na Itália, é como comandar a seleção de futebol. Você tem que lidar com o escrutínio da imprensa. Se vencer, é Jesus Cristo. Se perder, é um fracasso. É assim que funciona, e isso também faz parte da paixão daquele país.”

O dirigente da Mercedes também comparou a trajetória de Vasseur à de Jean Todt, que levou anos até conquistar o primeiro título com Michael Schumacher. “Jean entrou na Ferrari em 1993 e só venceu o campeonato em 2000. As coisas levam tempo, e as equipes passam por ciclos”, acrescentou.
Para Wolff, é fundamental que a Ferrari dê a Vasseur a confiança necessária para consolidar o trabalho, que também envolve outras peças recentes, como Loïc Serra, diretor técnico de chassi. “Eles precisam deixar ele fazer o trabalho. Ele sabe o que está fazendo, só precisa de espaço e confiança. A Ferrari não vai conseguir alguém melhor”, encerrou o chefe da Mercedes.
