F1: Senna e McLaren têm ligação eterna na história da categoria

Três décadas após sua morte, Ayrton Senna e a McLaren permanecem ligados por uma das parcerias mais marcantes da história da Fórmula 1. O brasileiro, considerado por muitos o maior piloto de todos os tempos, encontrou na equipe britânica o palco ideal para demonstrar sua genialidade e moldar um legado que transcende gerações.

Antes de chegar à McLaren, Senna havia recusado o convite de Ron Dennis, ex-chefe da equipe britânica, para correr na Fórmula 3, optando por seguir outro caminho que o levaria à Toleman já na F1, equipe onde conquistou destaque no icônico GP de Mônaco de 1984. Naquela corrida sob chuva, o novato quase superou Alain Prost, seu futuro rival e companheiro de equipe. Senna só não superou o francês, pois o ex-presidente da FIA, o falecido Jean-Marie Balestre, também francês, ordenou que a corrida fosse interrompida no momento em que Senna iria ultrapassar Prost, justificando sua decisão devido à chuva, mas que na verdade foi para garantir a vitória de Prost, com Senna ficando em segundo com um carro muito inferior ao do piloto francês.

Depois de três temporadas e várias vitórias com a Lotus, Senna finalmente se juntou à McLaren em 1988, um passo decisivo para sua consagração. Determinado a provar ser o melhor, ele via em Prost o parâmetro definitivo. O duelo entre os dois se tornaria uma das maiores rivalidades na história da Fórmula 1, marcada tanto por talento quanto por tensão.

“Gostava dos princípios dele. Ayrton mostrava o que estava disposto a fazer para atingir seus objetivos, e isso me fez elevar o meu próprio nível”, recordou Ron Dennis sobre o piloto brasileiro.

F1: Senna e McLaren têm ligação eterna na história da categoria
Foto: Norio Koike

Senna levou a McLaren a um novo patamar, não apenas pelas vitórias e títulos, mas também pela intensidade e pela ética de trabalho que impôs à equipe. Seus engenheiros, como Steve Nichols e Neil Oatley, afirmam que foi ao lado dele que aprenderam a dar o máximo de si.

Um dos momentos mais simbólicos dessa relação ocorreu em 1993, quando o então gerente de equipe Jo Ramirez pediu a Senna que vencesse sua última corrida pela McLaren, na Austrália. O brasileiro atendeu ao pedido e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, garantindo que a equipe superasse a Ferrari em número total de vitórias.

Mesmo após sua trágica morte em 1º de maio de 1994, aos 34 anos, em seu primeiro ano com a equipe Williams, o espírito de Senna continua presente no time de Woking e no mundo da Fórmula 1. Sua ética, sua fé e sua busca incessante pela perfeição seguem inspirando pilotos e fãs, especialmente no Brasil, onde sua memória é celebrada como um símbolo de paixão e excelência.

“Senna demonstrou ao mundo o que era capaz de fazer. Inspirou milhões e continua inspirando até hoje”, resumiu Ron Dennis, o ex-chefe da McLaren.

A parceria entre Senna e McLaren não foi apenas uma aliança esportiva, mas uma união que redefiniu o significado de dedicação, velocidade e grandeza na Fórmula 1, um elo eterno entre um homem e uma equipe que seguirão juntos na história da categoria.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo de Fórmula 1 in loco, com os jornalistas Gabriel Gavinelli e Nathalia De Vivo.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.