A Fórmula 1 vive um clima especial às vésperas do GP de São Paulo. Gabriel Bortoleto, responsável por recolocar o Brasil no grid da F1, falou em “reencontro com a própria história” ao voltar a Interlagos, pista onde cresceu acompanhando corridas. O paulista tem a meta de completar a prova em sua estreia em casa — marca alcançada por apenas nove pilotos brasileiros até hoje. “Parece irreal”, disse o novato da Sauber, citando preparação com testes e simulador para não cometer erros na corrida.
O domingo também terá um protagonista habitual em Interlagos: Max Verstappen. O tetracampeão nunca saiu zerado no circuito — um dado que ajuda a dimensionar o peso do holandês na disputa — e chega ao Brasil focado em reduzir a distância para os líderes do campeonato. O histórico do #1 no país inclui vitórias e pódios, além de performances consistentes em ritmo de corrida. 

Enquanto isso, o campeonato pode ganhar contornos estratégicos por conta das penalidades de motor. Com o limite de componentes da unidade de potência no radar da FIA, eventuais trocas fora da cota podem baralhar o grid de largada nas etapas finais. Lando Norris lidera o Mundial por apenas um ponto sobre Oscar Piastri, com Verstappen 36 atrás — e qualquer punição pode custar posições vitais em classificações tão apertadas. 
Bortoleto, por sua vez, destacou que a preparação foi intensificada após o México, com foco em procedimentos, pit stops e gerenciamento de pneus. O objetivo é fazer uma corrida limpa, absorver a pressão da torcida e somar pontos — etapa a etapa — na reta final da temporada. “Estou confiante”, resumiu o brasileiro. 
Entre números e sentimentos, o quadro desta terça-feira reforça dois eixos: o retorno do Brasil ao grid com Bortoleto em Interlagos e a briga pelo título aberta a detalhes — inclusive a possíveis punições por motor. Em um fim de semana com Sprint, qualquer centésimo e cada posição no grid podem definir os rumos do campeonato. 
