F1: FIA avalia ajustes nos motores para 2026 visando equilíbrio e confiabilidade

A Comissão da Fórmula 1 se reuniu na quarta-feira (24) para tratar de diversos temas importantes relacionados às temporadas de 2025 e 2026, com destaque para os regulamentos dos motores da categoria a partir de 2026. O encontro foi conduzido pelo CEO da F1, Stefano Domenicali, e pelo diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis.

No que diz respeito às unidades de potência para 2026, a FIA confirmou que estão sendo consideradas alterações na estratégia de gerenciamento de energia. A entidade também estuda medidas que possam atenuar os impactos financeiros enfrentados pelos fabricantes de motores, que apresentarem baixo desempenho ou problemas de confiabilidade. “Todos esses tópicos serão discutidos em mais detalhes pelos especialistas nos comitês consultivos apropriados”, informou a FIA.

Ainda segundo a entidade, houve recentemente uma reunião construtiva no Bahrein entre FIA, FOM e os fabricantes de unidades de potência, com foco na resolução de preocupações relacionadas ao desempenho. Fontes indicam que, embora mudanças de hardware estejam descartadas, há debates sobre o equilíbrio entre a potência gerada pelo motor de combustão interna (ICE) e o sistema híbrido MGU-K. Também foi citada a possibilidade de regular a potência das baterias durante as corridas, embora essa alternativa tenha menos apoio no momento. Uma sugestão ventilada foi a adoção de um sistema de ‘push to pass’, similar ao utilizado na IndyCar, como forma de ampliar as possibilidades de ultrapassagem.

Nos bastidores, há divergências entre os chefes de equipe. Christian Horner, da Red Bull Racing, reconheceu os esforços da FIA: “Eles fizeram o dever de casa”. Já Toto Wolff, da Mercedes, reagiu com ceticismo: “Tratar isso como um assunto em discussão é uma piada”. Andrea Stella, chefe da McLaren, defendeu uma postura mais aberta: “Se as mudanças melhorarem o espetáculo, todos devem considerar”.

Além dos motores, a reunião também abordou questões logísticas e regulatórias para 2025. Entre os principais pontos discutidos estão:

.Implementação de uma estratégia obrigatória de duas paradas no GP de Mônaco.

.Atualizações nas regras de ‘Parque Fechado’ para contemplar situações em que pilotos optem por não utilizar o colete de refrigeração.

.Criação de um mecanismo regulatório para lidar com atrasos no transporte de equipamentos em corridas fora da Europa, como ocorreu recentemente no GP da China.

.Ajuste nas normas financeiras para permitir maior investimento em infraestrutura por parte de novos participantes, especialmente relevante com a entrada da Cadillac na F1 a partir de 2026.

.Investigação sobre os incêndios em áreas gramadas, registrados no GP do Japão, com estudos sobre o uso de materiais alternativos para assoalhos e tratamentos específicos em determinados circuitos.

A Comissão voltará a se reunir para aprofundar os temas tratados, com o objetivo de garantir que as mudanças previstas para os próximos anos mantenham a competitividade e a segurança da Fórmula 1.

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