Ex-chefe de equipe elogia Alonso e afirma: “Ele nunca foi um destruidor de equipes”

Após Fernando Alonso anunciar sua mudança da Alpine para a Aston Martin, o ex-chefe de equipe Eric Boullier conta que o espanhol tem uma reputação de “destruidor de equipes” que ele não merece.

Com dois títulos mundiais de F1, Alonso ganhou uma fama de “destruidor de equipes”. Para Boullier, que foi ex-chefe de equipe do espanhol, ele tem uma má reputação que não merece. “Não sei por que essa reputação. Ele nunca foi um destruidor de equipes. Ele tem um verdadeiro espírito de equipe, mas nem sempre com o piloto do outro lado da garagem”.

De acordo com Boullier, Alonso aborda seus companheiros de duas maneiras. Eles são uma fonte de trabalho e têm trabalho para ele, ou são o inimigo. “Ele trabalha bem em um ambiente em que é o número 1 e tem um número 2 que pode ajudá-lo, e eles podem trabalhar juntos”.

O ex-chefe de equipe também citou dois exemplos específicos sobre os relacionamentos de Alonso com os companheiros de equipes. “Quando ele estava com Jenson Button, eles eram inteligentes o suficiente para entender e respeitar um ao outro”.

“Com Stoffel (Vandoorne), ele poderia usar o feedback de Stoffel a seu favor, e é por isso que o relacionamento funcionou. Se ele não pode usar um piloto em seu benefício, essa pessoa se torna um inimigo”, afirmou Boullier.

Para o ex-chefe de equipe, Alonso é um grande competidor e formador de equipe. “Eu o via como o melhor formador de equipe de todos os tempos: ele é um grande competidor, está focado em si mesmo, mas quer incluir todos ao seu redor para vencer. Fernando lê cada detalhe”, disse ele. “Ele se esconde em seu vestiário no motorhome, e você pode pensar que ele está relaxando, mas na maioria das vezes ele está trabalhando”.

Boullier ressalta o foco e o trabalho de Alonso como piloto. “Ele estuda a deterioração dos pneus de todos os carros rivais ao seu redor desde os treinos de sexta-feira. E, aos domingos, sabe com quais adversários lutar e com quais manter distância. Na corrida, ele absorve ainda mais detalhes e usa essa informação para ganhar vantagem. Ele é incrivelmente forte em nível estratégico”.

“Ele é um daqueles pilotos que entende todo o aspecto técnico do carro. Ele não é engenheiro, mas entende como os sistemas funcionam e dá conselhos sobre como fazê-los funcionar melhor, sem tentar redesenhá-los ele mesmo. A diferença é pequena, mas importante”, disse Boullier.

 

 

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