Uma das preocupações da Fórmula 1 nos últimos anos é aumentar a pegada ecológica. Após os apelos de Lewis Hamilton e de Sebastian Vettel, há o reconhecimento da direção da mais importante categoria do esporte a motor mundial em trabalhar no desenvolvimento de um combustível sustentável. E, segundo Ross Brawn, a categoria trabalha para isso.
Por conta do uso de combustíveis fósseis, o esporte tem uma imagem ruim quando o assunto é cuidado com o meio-ambiente. Apesar de os carros serem movidos parcialmente por energia elétrica, a impressão é de que o progresso não é o suficiente nesta área. A F1 planeja se tornar neutra da emissão de gases prejudiciais ao clima até 2030.
Em uma lista de prioridades, um componente-chave é a intenção de introduzir um combustível totalmente sustentável. Com os novos regulamentos do motor em 2025 ou 2026, esse novo tipo de combustível também deve aparecer. Isso interromperá o uso de combustíveis fósseis e as emissões de CO² que as acompanham.
“Um fã da F1 deve se orgulhar de ser um fã da F1. Isso não se trata apenas da emoção na pista, mas de mostrar que a F1 pode fazer a diferença na sociedade. Todos sentimos isso genuinamente”, disse Brawn, em entrevista ao The Guardian, dizendo acreditar que a competição para encontrar um combustível menos poluente será explorada ao máximo, como a fabricação de vacinas para Covid-19.
“Com a competição de tecnologia na F1, provavelmente chegaremos lá mais rápido do que em qualquer outro ambiente que eu possa imaginar. A corrida da vacina foi impressionante, de repente tínhamos uma vacina em um espaço de tempo muito curto. Isso nunca tinha sido feito antes. Agora temos a corrida climática e temos que encontrar soluções na mesma velocidade”, segue o dirigente.
“Os engenheiros de uma equipe de F1 são muito egoístas, eles não perdem um grama de energia em nada além de fazer o carro andar mais rápido. Se definirmos a eles um desafio em torno deste objetivo de combustível sustentável, eles farão todo o esforço possível quando souberem que isso lhes dará uma vantagem competitiva potencial”, completou.