Brawn afirma que comentários críticos dos pilotos forçaram uma mudança nos carros da F1

O diretor Ross Brawn revelou que comentários extremamente críticos dos pilotos sobre a capacidade de corrida dos carros de F1 forçaram o esporte a um redesenho radical no carro para este ano.

A F1 começa uma nova era em apenas algumas semanas, após uma revisão dos regulamentos aerodinâmicos, com o objetivo de proporcionar corridas mais próximas e aumentar as chances de ultrapassagens.

O novo projeto começou logo após a aquisição da F1 pela Liberty Media no início de 2017 e a nomeação de Brawn como diretor administrativo de automobilismo. Com isso, foi formado de um grupo voltado para a melhorar o espetáculo na pista.

Isso levou a um processo de consulta com os pilotos, muitos dos quais competiram em várias outras categorias, e um veredicto contundente sobre o estado dos carros de F1. Foi descoberto que um carro atrás de um rival “perderia metade de sua força aerodinâmica”, de acordo com Brawn, um número que foi reduzido para apenas 10 a 15% com os novos carros.

Em entrevista ao jornal ‘The New York Times’, Brawn foi questionado se ficou surpreso com esses números. “Francamente não”, disse ele. “Não é apenas a maneira como o fluxo de ar circula pelo carro, é a criticidade do design do carro. Se você olhar para o carro moderno de F1, logo atrás das rodas dianteiras, ao redor da asa dianteira, ele tem uma enorme quantidade de formas aerodinâmicas complexas”.

O diretor explica que os carros da Fórmula 1 foram projetados para funcionar no ar limpo. “Eles são projetados para funcionar no ar livre. Assim que eles têm o fluxo de ar perturbado de um carro na frente, eles simplesmente param de funcionar, então não fiquei totalmente surpreso quando vi o quanto o desempenho caiu”.

Para Brawn, as descobertas foram agravadas ainda mais pelos comentários dos pilotos de F1. “Conversamos com muitos pilotos que correram outras fórmulas, carros esportivos ou outras formas de carros de corrida e todos disseram que os carros de F1 são terríveis. Falamos com pilotos que estavam correndo com carros esportivos ou que passaram pela F2, e todos disseram o mesmo”.

“Eles disseram que, quando chegaram à F1, estavam pilotando um carro em que não podiam se aproximar do carro da frente sem sentir aquela perda de desempenho, algo que não haviam experimentado em outras fórmulas. Então, sabíamos que havia um desafio, um problema que precisávamos corrigir”, concluiu Brawn.

 

 

 

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